São só mais...
... dois dias e meio no inferno.
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É só mais um blog narcisista...
E hoje para algo diferente, fui lanchar à praia com a CS da associação. Deixei para trás a preguiça e a neura domingueira e, em vez de destilar as gorduras em casa, fui destilá-las no carro a caminho da Barra.
Reacção da minha mãe à saída do Simão Sabrosa:
Arranjem um irmão que estude fisioterapia e ganham umas massagens fantásticas... (E descobrem que têm contracturas nos ombros...)
... o que quer que seja... Do rídiculo, do deslumbramento, de que se gosta, de que não gostam de nós...
Acho que prometi a alguém que agora seria só rock na minha vida e essas coisas todas, mas a Nelly é parte da minha costela pop... Por isso, sábado lá estarei...
... "Mas Coccinella da Silva, se não gostas, porque insistes?".
E depois há o medo de sofrer. Quando se leva com desilusão atrás de desilusão, o medo de voltar a passar por tudo outra vez é grande. Embora se vá aprendendo a lidar cada vez melhor com as situações, há sempre o receio da dor quase física, da angústia, da solidão e do vazio.
Soube, no outro dia, que uma colega minha de escola vai casar. Quando falava nisso com a minha empregada, ela sai-se com um: "Só tu é que ainda nao te decidiste!". Eu lá respondi com a história de que estou bem assim, etc. e tal. Muitas vezes, soa-me desculpa de encalhada, que não arranja namorado, mas existem outras vezes que sinto mesmo isso: que estou bem como estou sem ninguém.
É claro que há alturas em que me sinto sozinha, que queria ter alguém ao meu lado, um ombro mais que amigo, um abraço especial, mas existem outras alturas em que penso que me ando a tornar muito egoísta, sem paciência nem vontade de partilhar o meu espaço e o meu tempo com alguém.
Nestes quase dois anos sem namorado, "conquistei" algumas coisas que não tinha tido antes e tenho medo de as perder. Não quero abdicar das minhas saídas até quando me apetece, dos meus jantares com as minhas amigas, das idas ao Tropical com as meninas e cortar em tudo e em todos, de não dar satisfações a ninguém. Sei que não tenho necessariamente que abdicar disso e que posso equilibrar as coisas, mas, pelas minhas experiências anteriores, um namoro acaba, invariávelmente, por se tornar num mundo a dois fechado ao exterior.
Por isso, compreendo quem não se queira comprometer, quem prefira andar com todos e com ninguém ao mesmo tempo, porque é mais fácil, não há cobranças, há liberdade de manobra, não se está preso a ninguém. E eu até gostava de ser assim, até porque se sofre menos, porque não nos envolvemos realmente com ninguém, mas nessas coisas são mais coração que cabeça e acabo sempre por me envolver mais do que quero e do que devo.
A música que acompanha o post é só porque a ouvi, por acaso, enquanto o escrevia.
Uma disposição de cortar os pulsos, cabeça a rebentar de dores e vontade de fugir para bem longe... Só me arrancam um sorriso quando me dizem:
No sábado passado, fui com a Kice ao lugar do costume. Duas horas depois e a mesa estava cheia. De repente, olho bem para quem lá estava... A novela da minha vida nos últimos dois anos estava (quase) toda naquela mesa.
Então, diz que vou outra vez para aqui durante uma semana e depois para aqui...
Já só faltam duas semanas...
É sempre o mesmo ritual todas as manhãs... Deitada na cama, ligo o telemóvel e espero por um sinal de vida. Nada... Nem um simples "olá! era para saber se está tudo bem" ou um desejado "mudei de ideias" ou até mesmo o reforço de "para o nosso bem". Nada... Só o silêncio que fala mais que qualquer palavra.
Por que raio é que sempre que tento comprar a porcaria do selo do carro pela net a porcaria do site nunca dá??
O vídeo que queria colocar esta semana não era bem este (No Surprises, Radiohead), mas o que queria não consegui encontrar em condições. Fica o consolo que são do mesmo álbum e fica também a música...
"Teriam feito amor?"
Não pensar que podia estar em Lisboa...
Sou uma rapariga de paixões fáceis e avassaladoras... Grandes pancas que me tiram o chão dos pés e o ar dos pulmões... Que me dão ressacas dolorosas e insuportáveis...
Quando eu começo a pensar no que as pessoas vão pensar acerca de uma acção minha é meio caminho andado para me encolher e ficar no meu canto.
We've all been changed from what we were
Embrulhadas atrás de embrulhadas...
... o senhor do bengaleiro te diz: "Hoje vens muito arejada..." ou quando o segurança passa por ti e te dá um sorriso...
Foi como a noite de ontem foi. A noite mais bizarra e estranha passada no antro. Muitos peixinhos vermelhos a nadarem no aquário, mas o que queríamos era mesmo um tubarão que fizesse nham! Nenhum se chegou à frente. Só um galo com a crista para baixo, mas com excesso de confias...
Foi lindo, lindo, tal como estava à espera. Grande rock! :)