Carnaval

Este fim-de-semana é Carnaval. Eu e ele sempre tivemos uma relação atribulada. Ora temos anos em que gostamos um do outro, ora há outros em que não nos podemos ver à frente. Este é um ano no meio... Nem loucamente apaixonados, nem a detestarmo-nos completamente. Ainda pensei em mascarar-me, mas, primeiro, não sabia de quê, segundo, não tenho nenhum carnaval para ir. O trupe do ano passado não se vai juntar (por milhentas razões que não valem a pena ser aqui discutidas), o que é pena, porque foi engraçado (estava a pensar colocar aqui uma foto, mas fica para amanhã, porque não tenho nenhuma aqui).

Quando andava na escola primária, adorava o Carnaval. Íamos sempre todos mascarados, com serpentinas e papelinhos. No intervalo da manhã, íamos para o jardim com o professor e ficávamos por lá a brincar. Eu era sempre a estrela da sala! :D E tudo graças aos fatos das minhas primas. Elas tinham um fato de lavadeira (com uma trouxa de roupa cosida no lenço que se atava na cabeça!), de varina, de tricana de Coimbra e de nazarena. Este último foi a grande sensação, porque tinha mesmo sete saias. Lá fui eu para ao pé do quadro, com o professor a explicar o fato e eu a mostrar as saias.

Além dos fatos das minhas primas, o Carnaval nessa altura tinha outra coisa que me fascinava: os mascarados que apareciam em casa da minha avó. Na véspera de Carnaval, ia sempre dormir a casa da minha avó na santa terrinha do meu pai. Depois do jantar, começavam a aparecer grupos de rapazes lá da santa terrinha que se mascaravam e andavam de casa em casa. Começava sempre o filme de tentar saber quem era (porque eles iam sempre com máscaras na cara) este e aquele. Eu morria de medo, mas adorava as visitas daquelas figuras assustadoras.

Eu não vou "carnavalizar", mas espero que "carnavalizem" muito!