Quando se é bom para as pessoas, elas são boas para nós

Terça-feira, hora de almoço, estacionamento do Coimbra Shopping: estava nervos, irritada e stressada, quando tento estacionar o meu Clio mailindo. Não calculo bem a distância e lá vai um risco para o carro da direita. Depois de estacionar convenientemente, saio do carro e olho os estragos. Não era um risco muito vísivel, mas ainda era um risco e deixei um recado com o meu contacto.

Ao final do dia, ligou-me a dona do carro. Disse que o pai é mecânico e que vão ver se é necessário eu pagar alguma coisa e desfaz-se em obrigadas, por ter deixado o contacto, que ninguém faz isso. Lá expliquei que não seria capaz de fazer de outra forma.

Ontem, ligou-me o pai, a dizer para não me preocupar, que não seria nada, o carro já é velho... E desfaz-se também em obrigados, por ter deixado o contacto e conta uma história dele, parecida, em que lhe bateram no carro e ele é que pagou o prejuízo.

Eu achei que não estava a fazer nada de mais, nada além da minha obrigação de "estraga, paga" e de que gostaria que me fizessem o mesmo, mas parece que sou das poucas que ainda pensam assim.